sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

ciranda política


Todos nós sabemos de um ou outro político que tenha mudado de partido recentemente. E me parece que a cada ano essa prática tem se intensificado. Antigamente, quando a época das eleições chegava, já sabíamos o código do político no qual votaríamos. Hoje, isso é impossível. Só dá pra saber quando as campanhas começam, e os santinhos aparecem. E pode ter certeza, de na eleição seguinte, o número do ‘santinho’ vai ter mudado.

Parece dança das cadeiras, quando a música para, os políticos correm para conseguir sentar numa vaga qualquer de um partido mais qualquer ainda. E pouco importa se o partido é de esquerda ou de direita, se é que ainda podemos fazer essa distinção aqui no Brasil. O que interessa mesmo é ser eleito.

Foi eleito?! Problema resolvido! Agora, é só criar uma desculpa tosca e arrumar as malas para viajar nos braços de uma nova legenda. Sinceramente, eu não sei quem é pior, se são os políticos que vão de um extremo a outro, ou os partidos que acolhem esses menores abandonados.

Falando em ‘menor abandonado’, aqui no RJ, temos a personificação do satanás troca-troca partidário: Anthony Willian Matheus de Oliveira, vulgo Anthony Garotinho, que já foi do PT, do PDT, do PSB, do PMDB e hoje está no PR (para azar deles!). Tudo isso em menos de duas décadas. Molecagem? Talvez... O fato é que dá mais ou menos quatro anos por partido. As eleições são de quanto em quanto tempo, mesmo ein?

Enfim... O fato é que essas crianças desejosas por uma mãe que possa levá-los ao troninho do poder político aceitam qualquer acordo, enquanto ficam cagando na cabeça do povo com um delicioso pirulito de dinheiro na boca... Ou no bolso...

Depois desse vai e vem político, gostaria de pedir permissão para transcrever um trecho da música Políticos de Cordel de Juca Chaves, que é mais ou menos assim:

“(...)
Presidente é quem preside, governador, quem governa.
Como aqui é uma baderna, um cantador do nordeste disse uma frase batuta:
‘Se bicudo vem de bico e grota vem de gruta, conforme a palavra indica, deputado vem de puta!’
(...)”

Depois de transcrito esse trecho, caiu-me uma dúvida. Não sei se seria correto comparar nossos políticos a putas... Afinal, nem acho que elas gostem tanto assim de dinheiro...


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Fontes:

Agência Brasil –
Para presidente do TSE, políticos mudam de partido por razões “socialmente inaceitáveis”
O Globo –
O populismo que veio de Campos para o Palácio Guanabara
Wikipédia –
Anthony Garotinho

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